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Tião e meu primeiro livro ilustrado

Eu juro que achei que fosse demorar mais. De verdade mesmo!
Mas esse ano consegui uma realização incrível, um primeiro passo na minha carreira de ilustradora infantil: ilustrei um livro pela primeira vez.
“O pequeno grande Tião: O menino com nanismo” apareceu pra mim de repente, eu nem podia acreditar direito. O livro conta a história de Tião, um menino com nanismo criado em uma vida pacata e feliz no interior e que passa por conflitos quando muda para uma cidade grande.
Logo de cara já achei o tema incrível, trata de inclusão e de respeito e faz isso de forma leve e divertida. Ter a oportunidade de participar de um livro ilustrado com esse tema logo de primeira me deixou muito feliz!

O início

Quando a Cristina, da Editora Inverso, entrou em contato sobre um teste para o livro eu fiquei extremamente feliz! Havia enviado portfólio para eles fazia pouco tempo e, sinceramente, não contava com um retorno tão cedo (tenho plena consciência de que meu portfolio precisa de bastante trabalho ainda). 

Antes mesmo de enviar o teste, tomei liberdade de fazer observações sobre o texto do livro e sugeri algumas mudanças (falando mais de terminologias inclusivas e etc). Também fiz questão de não ser uma criança branca. Tenho comigo mesma que, onde eu puder e conseguir, vou representar crianças de diversas cores em temas que não sejam centrados apenas em histórias sobre racismo e etc. Crianças de todas as cores vivem e imaginam todos os tipos de história, então nada mais justo do que elas fazerem parte de diversos temas.

Depois disso, enviei a ilustração teste e, pra minha surpresa, foi aprovado! Essa foi a ilustração que enviei como teste:

O processo


Como era tudo novo pra mim, confesso que me embananei no processo de começar as ilustrações e, juntando isso a um prazo meio apertado, foi uma aventura e tanto.
Aqui tem alguns dos meus rascunhos para as páginas.

Sim, minhas thumbnails são incrivelmente simples e rabiscadas…Mas funcionam como guia na hora de repensar as ilustrações finais.

Confesso que, no final do processo, já havia me apegado ao Tião e já estava desenhando ele de cabeça, tranquilamente. É muito bom (e ruim ao mesmo tempo) pensar no projeto visto de fora e nas coisas que eu mudaria ou faria diferente. Mas isso que faz ser divertido. Participar de um livro ilustrado foi um processo bem diferente e eu quero tirar lições disso.

O resultado final você pode ver comprando o meu livro direto com a editora inverso, aqui!

Mal posso esperar pelos próximos personagens que vão fazer parte da minha vida

 

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